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Domingo, 16 de Marco de 2025
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Polícia

Família contesta versão da Polícia Militar sobre morte de homem em Sorocaba

Reginaldo Ferreira foi morto durante abordagem policial; familiares alegam que a versão da PM é falsa e cobram respostas.

Carla Momberg
Por Carla Momberg
Família contesta versão da Polícia Militar sobre morte de homem em Sorocaba
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A família de Reginaldo Antônio Ferreira Júnior, de 33 anos, morto durante uma abordagem da Polícia Militar em Sorocaba (SP) no dia 5 de janeiro, refuta a versão apresentada pela PM de que a vítima estava armada e teria trocado tiros com os agentes após ser flagrada roubando um estabelecimento.

 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um Inquérito Policial Militar (IPM) está em andamento, e a Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) também investiga o caso. A mãe de Reginaldo, Cássia Ferreira, contou ao g1 que o filho saiu de casa para se encontrar com um amigo, com quem iria passear. Ela relatou que Reginaldo entrou em contato com a esposa por volta das 22h20, informando que estava sendo perseguido por uma viatura policial, mas após essa mensagem, parou de responder. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, no Instituto Médico Legal (IML).

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“Ele falou: ‘Vou ali e já volto’. Saiu de bermuda, chinelo, sem camisa. Depois de uns 20 minutos, mandou mensagem para a esposa, muito apavorado, falando que estava sendo perseguido pela polícia, e não fez mais contato. Minha nora ficou a madrugada toda esperando. Aí, de manhã, foi na delegacia, porque ela achava que ele tinha sido preso. Só por volta das 14h de segunda-feira (6) que ela foi atendida no IML e descobriu que o corpo dele estava lá”, relatou Cássia.

 

O boletim de ocorrência da PM afirma que Reginaldo e seu amigo foram abordados após desobedecerem à ordem de parada. Durante a perseguição, Reginaldo teria fugido para uma área de mata, onde, segundo os policiais, tentou atirar contra os agentes e foi baleado. A PM afirma ainda que uma pistola foi apreendida com a vítima.

 

Contudo, a família contesta essa versão. Cássia argumenta que seu filho nunca teve armas e que, no carro, estavam apenas latas de spray e tinta, já que Reginaldo era grafiteiro. “Ele nunca teve armas. No carro tinha apenas latas de spray e latas de tinta, porque meu filho pichava e grafitava. Ele tinha saído para grafitar com esse amigo. A polícia também falou que ele estava roubando, isso é mentira”, afirmou.

 

Além disso, a família questiona o horário e as circunstâncias da morte de Reginaldo. O boletim de ocorrência relata que ele chegou à Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Oeste com vida, mas o prontuário médico indica que ele já chegou sem sinais vitais. “Se este suposto confronto foi por volta de 22h30, porque ele foi levado para o hospital só depois de meia-noite? O que fizeram com o meu filho durante este tempo? Seguraram ele morto lá por uma hora e meia”, questiona Cássia.

 

Após a identificação do corpo de Reginaldo, a família também notou que os pertences pessoais dele, como celular, chave de carro e documento de identidade, não foram devolvidos. Eles registraram a queixa no Plantão Policial. A investigação continua para esclarecer as circunstâncias da morte de Reginaldo.

FONTE/CRÉDITOS: Infs:G1
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Carla Momberg é redatora e designer do Jornal CNet.

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