O dólar à vista abriu em queda nesta quinta-feira (5), cotado a R$ 6,02 por volta das 9h15, o que representa uma baixa de 0,43%. A desvalorização ocorre em meio à expectativa dos investidores sobre os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que podem influenciar decisões futuras de política monetária no país. No cenário doméstico, a moeda encerrou a última quarta-feira (4) cotada a R$ 6,04, acumulando alta de 0,79% na semana e expressivos 24,63% no ano.
Essa é a segunda queda consecutiva na cotação do dólar, que vinha registrando recordes de valor nominal em semanas anteriores. O comportamento recente reflete uma combinação de fatores externos, como o fortalecimento de outras moedas em mercados emergentes, e internos, onde os agentes econômicos acompanham desdobramentos no Congresso sobre o pacote fiscal do governo federal.
Entre as medidas em pauta no pacote, destaca-se a proposta de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com rendimento mensal de até R$ 5 mil. Essa possível alteração tributária, associada a cortes de gastos públicos, tem potencial de impactar a economia e gerar reações nos mercados financeiros, incluindo a cotação do câmbio.
O movimento de queda do dólar também está relacionado a ajustes técnicos, após semanas de alta histórica. No exterior, o comportamento da moeda é influenciado pelo cenário global de incertezas e pelas expectativas em torno dos próximos passos do Federal Reserve (Fed) para conter a inflação nos Estados Unidos. Esses fatores mantêm a volatilidade como elemento-chave nos mercados de câmbio.
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