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Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Saúde

Combate ao câncer de colo do útero: Brasil traça meta para reduzir impacto da doença

Nova estratégia nacional foca em diagnóstico precoce, tratamento ágil e ampliação da vacinação contra HPV para conter o avanço do terceiro câncer mais prevalente entre mulheres no país.

Carla Momberg
Por Carla Momberg
Combate ao câncer de colo do útero: Brasil traça meta para reduzir impacto da doença
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Um novo plano nacional promete transformar o cenário do câncer de colo do útero no Brasil, com a meta ambiciosa de reduzir a doença a níveis residuais em até 20 anos. Atualmente, o tumor ocupa a terceira posição entre os mais frequentes em mulheres e é a quarta maior causa de morte feminina no país, com cerca de 7 mil óbitos anuais. A estratégia, lançada pelo Ministério da Saúde, inclui avanços significativos no rastreamento por meio de testes moleculares, maior celeridade no início do tratamento e ampliação da cobertura vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV), principal causador da doença.  

Entre as mudanças está a substituição do exame preventivo convencional, o papanicolau, por testes moleculares mais sensíveis, capazes de identificar a persistência do HPV, fator crítico no desenvolvimento de lesões precursoras e câncer. O método também inclui a implementação da autocoleta, facilitando o acesso ao diagnóstico especialmente em regiões mais vulneráveis, como o Norte e o Nordeste, onde as taxas de mortalidade são mais altas. Estudos mostram que a nova abordagem pode reduzir a incidência em 46% e a mortalidade em 51%, reforçando a urgência de sua adoção em larga escala.  

Outro ponto central é o fortalecimento da vacinação contra o HPV, que, embora disponível pelo SUS há uma década, ainda enfrenta desafios em alcançar índices ideais de cobertura. Apenas 56,9% dos meninos e 81,1% das meninas entre 9 e 14 anos estão vacinados, números muito aquém da meta de 90% estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A recente mudança para o esquema de dose única visa aumentar a adesão, eliminando a necessidade de reforço e simplificando o processo de imunização.  

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Especialistas destacam que a eliminação do câncer de colo do útero no Brasil depende de uma abordagem integrada, combinando diagnóstico precoce, tratamento eficiente e esforços maciços de vacinação. Além disso, o país precisa superar barreiras como a desigualdade no acesso a serviços de saúde e a resistência à vacinação em algumas regiões. Com a implementação escalonada do novo plano, espera-se que o Brasil se aproxime das metas globais de controle e eliminação da doença, trazendo benefícios diretos para a saúde feminina e reduzindo significativamente os índices de mortalidade.

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Carla Momberg é redatora e designer do Jornal CNet.

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