O número de famílias em situação emergencial em Tietê (SP) subiu para 11 após a elevação dos níveis do Rio Tietê e do Ribeirão Santa Cruz. No bairro Santa Cruz, moradores precisaram improvisar para sair de casa depois que a água bloqueou as entradas. A solução encontrada foi abrir um buraco na parede para permitir a passagem de pessoas e móveis.
No bairro Mandissununga, famílias ilhadas foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil na tarde de terça-feira (4). As equipes utilizaram barcos para acessar a área, localizada na Fazenda do Estado. Três das famílias tiveram seus imóveis completamente tomados pela água e buscaram abrigo em casas de parentes e amigos.
No Santa Cruz, a luta diária para se locomover continua. O morador Ivair de Almeida precisou criar uma estratégia para entrar e sair de casa: passa pelo buraco na parede, atravessa um corredor estreito e pula a janela. “Todo dia essa mesma luta. Espero que a água abaixe logo e a situação volte ao normal”, desabafa.
Além das moradias, prédios públicos também foram afetados. A sede da Secretaria de Educação sofreu com a enchente, mas funcionários conseguiram retirar móveis e equipamentos antes que fossem danificados. No Centro da cidade, imóveis que antes estavam fora da zona de risco agora encontram-se ilhados. “Já alagou outras vezes, mas sempre é muito ruim ficar nessa situação”, lamenta o morador José Antônio Naia Ramalho.
A Defesa Civil segue monitorando os pontos mais críticos e adotando medidas preventivas. “Estamos acompanhando de perto a evolução do nível da água e tomando providências para minimizar os danos”, afirma o coordenador do órgão, Willian Alves. A expectativa é de que o nível da água comece a baixar nos próximos dias, com a redução da vazão em Salto, o que pode facilitar o escoamento. Enquanto isso, moradores seguem enfrentando os desafios da enchente e aguardam soluções duradouras para evitar novos transtornos no futuro.
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