As fortes chuvas que aumentaram em cinco vezes o nível do Rio Tietê em Salto (SP) também trouxeram uma correnteza de lixo, que ficou acumulada próximo ao Museu da Usina de Lavras, no Complexo Turístico da Cachoeira.
Segundo a Defesa Civil, na manhã de segunda-feira (3), a vazão do rio atingiu mil metros cúbicos por segundo, reduzindo para 704 m³/s no fim da tarde de terça-feira (4), ainda três vezes acima do normal. Em períodos sem chuva, o índice varia entre 170 e 200 m³/s.
Imagens feitas pela TV TEM mostram garrafas PET e outros plásticos ultrapassando a mureta de contenção e se acumulando em frente ao museu. O local é um dos principais pontos de retenção de resíduos ao longo do rio em períodos chuvosos.
De acordo com Malu Ribeiro, diretora da Fundação SOS Mata Atlântica, os resíduos sólidos flutuantes são carregados pelas enchentes na bacia do Alto Tietê, que abrange a região metropolitana de São Paulo e cidades como Caieiras e Cajamar.
“Esse lixo acaba ficando em Salto quando o rio baixa. O volume de resíduos é extremamente alto, e a responsabilidade de coletá-los antes de chegarem ao rio é dos municípios da Grande São Paulo. Além disso, há a questão da gestão pós-consumo, pois esses materiais deveriam ser recicláveis ou retornáveis, e não descartáveis”, alerta Malu.
A situação reforça a necessidade de políticas mais eficazes de coleta e descarte de resíduos para evitar impactos ambientais nas cidades ao longo do Rio Tietê.
Comentários: